quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A ONU denuncia "crime contra a humanidade" na Guiné



Uma rajada de tiros sem aviso contra uma manifestação política pacífica num estádio. Civis cercados pelo exército e assassinados no local com armas automáticas, punhais, baionetas, apanhando até a morte com tábuas de pregos. Mulheres estupradas por dezenas de homens e atrozmente mutiladas, outras retiradas para servir como "escravas sexuais" nos campos do exército e nas casas de veraneio dos oficiais.

A comissão da ONU sobre os acontecimentos da Guiné julgou que os massacres e outras violências perpetradas em 28 de setembro e nos dias seguintes em Conacri, capital do país, constituem "crime contra a humanidade".


Fonte: Le Monde

Reportagem Alain Frachon

Tradução: Tradução: Eloise De Vylder




Sérvia bate à porta da Europa dez anos depois da guerra de Kosovo

A Sérvia apresentou na terça-feira sua candidatura à União Europeia, em um ato de grande peso simbólico para toda a região dos Bálcãs, que vê a principal potência regional e um país até recentemente considerado um pária no cenário internacional ser admitido à porta do clube mais cobiçado do mundo. A chegada da Sérvia ao umbral da Comunidade Europeia confirma que a ensanguentada região evolui para a estabilidade. Deixando-se levar pela euforia do momento, o presidente Boris Tadic expressou seu desejo de ver a Sérvia na União em 2014. Voltando à realidade, admitiu que essa data seria "uma surpresa positiva.
Fonte: UOL

Juiz manda cortar orelhas e nariz de presos no Paquistão

A Justiça do Paquistão ordenou que dois homens tenham suas orelhas e narizes cortados como punição por terem mutilado essas mesmas partes do corpo de uma mulher que se recusou a casar com um deles.

Os dois irmãos foram considerados culpados pelo sequestro e mutilação de Fazeelat Bibi, de 20 anos, prima deles, em setembro. Além da mutilação para os réus, o juiz de um tribunal de Lahore também condenou os dois à prisão perpétua.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?

Der Spiegel/UOL
A recente votação na Suíça que culminou na proibição da construção de novos minaretes chocou e enfureceu muçulmanos em todo o mundo. Mas a medida polêmica também reflete uma sensação crescente de desconforto entre outros europeus que sentem dificuldades em aceitar a visibilidade cada vez maior do islamismo.
A decisão suíça chocou a Europa e o mundo porque os seus desdobramentos vão bem além da construção de minaretes - eles dizem respeito também à identidade de um continente inteiro. Este foi um referendo sobre a percepção ocidental do islamismo como uma ameaça
Na pequena cidade suíça de Langenthal, a batalha em torno dos minaretes tem sido travada, e não parece haver esperança de reconciliação entre vitoriosos e derrotados. "Eu me sinto vítima de abuso e ferido como pessoa", queixa-se Mutalip Karaademi. "Nós queríamos atingir um símbolo", afirma Daniel Zingg. "E nós o atingimos".

Zingg impediu a construção do minarete desejado por Karaademi, e conseguiu fazer com que se tornasse ilegal a construção de qualquer outro minarete na Suíça. Ele foi um dos autores do texto do referendo que foi aprovado pelos suíços em 29 de novembro último, com 57,5% dos votos. Agora a constituição trará a seguinte sentença: "É proibida a construção de minaretes".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Comunidade internacional reluta em apoiar rejeição do Congresso à volta de Zelaya

A comunidade internacional relutou nesta quinta-feira em declarar apoio à decisão da véspera do Congresso de Honduras de rejeitar a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya, votação realizada segundo os parâmetros estabelecidos pelo Acordo de San José-Tegucigalpa, assinado por ambas as partes para encerrar a crise política.

Os Estados Unidos, principal patrocinador da assinatura do acordo, evitaram comentar a decisão do Congresso e afirmaram apenas que desejam seguir trabalhando pelo cumprimento das cláusulas do documento.
O acordo determinava em seu artigo quinto a restituição de Zelaya, que ficou submetida à aprovação do Congresso hondurenho. Em sessão que durou mais de sete horas, os congressistas rejeitaram a restituição de Zelaya. Dos 128 deputados que compõem o parlamento, 111 votaram contra o retorno do presidente deposto ao poder, enquanto 14 mostraram-se a favor e outros três não votaram.