sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O DIP e a Diplomacia Secreta

O Ministério de Exteriores do Japão formou nesta sexta-feira uma equipe para investigar uma série de supostos pactos secretos alcançados nas décadas de 1960 e 1970 com os EUA, que entre outras coisas permitiriam a entrada de armas nucleares no arquipélago, informou a agência de notícias Kyodo.

A equipe de investigação se criou por ordem do novo titular de Assuntos Exteriores, Katsuya Okada, do Partido Democrático (PD), que venceu as eleições de 30 de agosto e terminou assim com 54 anos de poder quase ininterrupto do Partido Liberal Democrático (PLD).

De acordo com a agência de notícias, se espera que o resultado das investigações será conhecido no final de novembro e poderia levar o Japão a admitir abertamente pela primeira vez a existência de acordos secretos com Washington.

Os investigadores se concentrarão em quatro supostos pactos: dois deles relacionados com a revisão em 1960 do Tratado de Segurança Japão-EUA, e outros dois com a devolução ao Japão em 1972 da ilha de Okinawa, que estava sob controle americano.

Um dos mais controvertidos seria um dos alcançados em 1960, pelo que Tokyo permitiria a passagem por território japonês de navios e aviões carregados com armas nucleares sem necessidade que Washington o consultasse previamente.

Trata-se de uma questão especialmente delicada no Japão, o único país que sofreu ataques nucleares, e que mantém os princípios de não possuir, produzir nem permitir armas atômicas em seu território.

O segundo acordo de 1960 permitiria a Washington utilizar suas bases militares no arquipélago japonês sem consulta prévia em caso que houvesse uma emergência na península de Coreia.

Os pactos secretos de 1972 permitiriam, segundo a agência Kyodo, que Washington levasse armas nucleares a Okinawa em casos de emergência, enquanto no outro Tóquio arcaria com parte dos custos que em princípio devia abonar EUA após a devolução da ilha ao Japão.

De acordo com a agência de notícias, a existência dos supostos acordos surgiu por causa de testemunhos de pessoas implicadas nos mesmos e da divulgação de documentos oficiais americanos.

Para comprovar se há documentos japoneses que os provem, a equipe de investigação japonêsa, integrada por 15 pessoas, revisará mais de 3 mil arquivos do Ministério de Exteriores e cerca de 400 da embaixada japonesa nos EUA.
Fonte: Folha On line

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aprendizagem Colaborativa na UESC: Uma realidade que se consolida a cada dia.

No primeiro crédito trabalhou-se com a assimilação dos conceitos de aprendizagem colaborativa, buscando aproximar os discentes dos conteúdos da ferramenta de produção e socialização de conhecimentos. Vivenciou-se a contrução dos blogs nos seus aspectos técnicos e de conteúdo. O compromisso com a tarefa, seus prazos e a criatividade na escolha dos nomes e do layout dos blogs nortearam essa fase do trabalho.

Trabalhou-se com postagens de reportagens oriundas de jornais, revistas, sites, além de entrevistas, artigos científicos sobre os diversos aspectos do Direito Internacional. Também, foram trazidos aspectos da economia, política, sociedade, cultura e religião, que permitiram reformular conceitos e extinguir preconceitos em relação aos continentes e povos estudados.

Segundo relatos dos próprios discentes, a prática permitiu aos que utilizavam a internet apenas para enviar e receber e-mails, utilizassem a tecnologia para pesquisar reportagens, trabalhos científicos, videos, livros, criticando-os dialeticamente, socializando os resultados. A atividade encurtou distâncias, poupou tempo ao permitir aos alunos que moram em cidades diferentes, que têm outras atividades durante o dia, interajam sem a necessidade de reuniões e encontros presencias inviabilizados pelas circunstâncias geográficas, pessoais e profissionais de cada um.

Avançando no trabalho, foram postadas resenhas individuais do conteúdo da disciplina no primeiro crédito como preparação para as avaliações. Os resultados preliminares demonstraram um elevado índice de assimilação dos conteúdos, de concatenação de idéias e de argumentação jurídica, concretizando um dos objetivos da aprendizagem colaborativa consistente na socialização eficaz do conhecimento.

A semente já frutificou no Curso de Economia através do discente de Direito e Professor daquele departamento, Paulo Roberto, que introduziu a aprendizagem colaborativa através de blogs nas suas turmas, permitindo inclusive a integração virtual entre alunos dos cursos de Direito, LEA e Economia, promovendo mais um elo na comunidade acadêmica da UESC.

Na atual fase, está havendo um intercâmbio na aprendizagem , onde cada equipe comenta um tema relevante no blog do outro grupo. São comentários acerca dos Direitos Humanos, crise política em Honduras, políticas imigratórias, crise econômica mundial, dentre outros. A prática visa despertar o senso crítico, o tirocínio jurídico, a familiriadade com a argumentação e crescimento intelectual dos alunos, alicerçados nos princípios da interatividade, participação-intervenção, bidirecionaliade-hibridação e permutabilidade-potencialidade que norteiam a aprendizagem colaborativa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Assim caminha a humanidade

Chicotadas e apedrejamento público serão legalizados em Aceh.
O Parlamento da província de Aceh, na Indonésia, aprovará uma lei que estipula o apedrejamento como pena máxima para casos de adultério e cem chicotadas em público como castigo para que mantenham relações sexuais antes do matrimônio, informou hoje a imprensa local.As medidas serão aprovadas na próxima segunda-feira em Aceh, que até 2004 foi palco de um conflito separatista que durou três décadas, e são um novo passo em direção a implantação no local de uma interpretação radical da lei corânica.
Raihan Iskandar, vice-presidente do Parlamento de Aceh, assegurou em declarações ao diário "The Jakarta Globe", que a normativa conta com um grande respaldo social e político, apesar das críticas que suscitou fora da região situada ao norte da ilha de Sumatra."Recebemos muitos apoios para ratificá-la.
Com esta norma esperamos conseguir um mandato claro para implementar a 'lei' em Aceh", assinalou.Além disso, lembrou que a Lei de Governo de Aceh, aprovada pelo Legislativo central em 2006, autoriza a esta província a implementar o "código penal corânico", dado seu caráter de bastião do conservadorismo islâmico. "Mas não podemos castigar ou apedrejar a pessoas cegamente. Se deverá fazer baseado nas regras e segundo o estipulado nos costumes locais", acrescentou Raihan Iskandar, do islamita Partido da Justiça e a Properidade (PKS).
Os detratores da lei sublinharam sua inconstitucionalidade, ao considerar que viola os Direitos Humanos, embora alguns analistas assinalaram que a Carta Magna da Indonésia sanciona os privilégios da província de Aceh para impor a lei religiosa.
Segundo os analistas, pelo menos 16 das 33 províncias da Indonésia aprovaram leis nos últimos anos influenciadas em maior ou menor medida em interpretações radicais da lei corânica.O Movimento para a liberação de Aceh (Gerakan Aceh Merdeka, GAM) entregou as armas em 2005 em troca de um estatuto de autonomia e da convocação de eleições livres, vencidas pelo líder do grupo, Irwandi Yousef.

Fonte: UOL/EFE

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Lula usa pré-sal para justificar parceria militar

Claudia Andrade
Do UOL Notícias em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira em discurso no Palácio da Alvorada, em Brasília, que a parceria estratégica com a França na área militar tem "um valor extraordinário" e disse que fazer investimento na área de defesa é "cuidar do nosso território e da nossa soberania". Ele ainda citou a descoberta do pré-sal para justificar a parceira militar.
O governo brasileiro confirmou hoje a intenção de comprar o caça francês GIE Rafale, da empresa francesa Dassault, que competia em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da americana Boeing por um contrato de US$ 4 bilhões.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não há um contrato assinado para o Rafale, mas "uma decisão de iniciar as negociações com um fornecedor, o que não há com os outros dois".
Amorim disse também que a negociação não envolve apenas a Dassault, porque há um compromisso do governo francês na negociação, e informou que a parceria começa dentro de um compromisso por preço competitivo e condições de financiamento.
O presidente brasileiro ressaltou que a parceria com a França não é simplesmente comercial. "A França não quer só vender para o Brasil e o Brasil para a França.
Queremos pensar juntos, criar juntos, construir juntos e, se for possível, vender juntos. Por isso, essa parceria, sobretudo na área de defesa, é muito importante", falou.
"Deve sempre passar pela nossa cabeça a ideia de que o petróleo já foi motivo de muita guerra e muito conflito e nós não queremos isso. Estamos trabalhando com a possibilidade de, nos próximos 15, 20 anos, o Brasil se transformar uma grande potência mundial", declarou Lula durante a coletiva.
Lula disse ainda que o Brasil é um país que "prima pela paz", mas lembrou que tem uma grande área na Amazônia a ser preservada e uma nova riqueza a ser defendida: o pré-sal.
O presidente Nicolas Sarkozy, que acompanhou pela manhã o desfile de 7 de Setembro como convidado de honra da Presidência da República, ratificou a ideia de trabalho conjunto: "Queremos desenvolver uma grande indústria aeronáutica, desenvolver aviões juntos". Para o presidente francês, "a segurança do Brasil é também a segurança mundial e da Europa".

sábado, 5 de setembro de 2009

Postagens recebem sugestões para facilitar o estudo para a avaliação

As resenhas que foram postadas receberam comentários e sugestões visando orientar o estudo da avaliação do dia 08/09/2009 e a construção de textos científicos que facilitem a aprendizagem individual e coletiva.
Essa experiência demonstra a importância do uso do blog, do twitter e de outros recursos na medida que o conhecimento apreendido em sala de aula e complementado na doutrina, é socializado em tempo real.
O docente pode acompanhar as produções dos alunos, fazer as sugestões para aperfeiçoamento delas e compartilhar com a comunidade o conhecimento produzido.
O sucesso da aprendizagem colaborativa está sendo possível graças ao compromisso e a dedicação de todos. Avante!

Governo interino de Honduras também vai exigir visto em passaportes brasileiros

Ato é resposta a medida semelhante tomada pelo Itamaraty na véspera.Brasil não reconhece o governo interino hondurenho pós-golpe militar.
O governo interino de Honduras anunciou nesta sexta-feira (4) que, aplicando o princípio da reciprocidade, vai passar a exigir visto para a entrada no país de cidadãos com passaportes brasileiros.
A medida vale para passaportes comuns, diplomáticos, oficiais ou de serviços, mas não afeta os brasileiros que vivem legalmente em Honduras.
Na véspera, o governo brasileiro havia anunciado que vai exigir visto nos passaportes de hondurenhos a partir de sábado (5). A medida é decorrência do golpe de estado de 28 de junho, que derrubou o presidente Manuel Zelaya.
A decisão brasileira, segundo o Itamaraty, baseia-se nas resoluções da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da ONU (Organização das Nações Unidas), que não reconhecem o governo "de facto" do país e que pedem a volta de Zelaya.
Fonte: g1 São Paulo