quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Justiça da Suécia vai libertar a ex-presidente dos sérvios da Bósnia



Biljana Plavsic, ex-presidente dos sérvios da Bósnia, presa na Suécia por crimes de guerra, será libertada em 27 de outubro, anunciou nesta quinta-feira (22) o ministério sueco da Justiça.
No mês passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) aprovou a libertação antecipada de Biljana Plavsic, condenada em fevereiro de 2003 a 11 anos de prisão.
"Em sua decisão de 14 de setembro de 2009, o Tribunal Penal Internacional concorda com uma libertação condicional de Biljana Plavsic segundo a legislação sueca", afirma um comunicado do ministério sueco.

De acordo com a lei sueca, o réu pode ser liberado por boa conduta quando já cumpriu dois terços da pena.

A ex-presidente dos sérvios da Bósnia está detida desde junho de 2003 na penitenciária feminina de Hinseberg, 100 quilômetros ao oeste de Estocolmo.

Biljana Plavsic,de 79 anos, admitiu sua responsabilidade, como vice-presidente da entidade sérvia da Bósnia proclamada unilateralmente, na campanha de perseguição das forças sérvias das Bósnia contra os muçulmanos e os croatas da Bósnia durante a guerra que deixou 100 mil mortos de 1992 a 1995.

Plavsic se tornou presidente da 'Replika Srpska' em 1996, após o fim da guerra e a retirada de Radovan Karadzic, também detido pelo TPI.

2 comentários:

  1. Quem disse que os críticos que manifestaram, na época da escolha da prisão, preocupação com a possível libertação antecipada da “Dama de ferro” estavam errados? Bom, Thomas Bodstrum, então Ministro da Justiça da Suécia, disse que o governo poderia não conceder a liberdade condicional neste caso...A realidade não corroborou com a fala do Senhor Bodstrum.

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  2. Algumas frases...

    "Tal medida pode até ser conforme à lei internacional, mas não tem nada a ver com justiça", declarou à AFP Murat Tahirovic, que dirige uma associação de ex-prisioneiros de guerra muçulmanos e croatas.

    "Como vamos explicar esta decisão às crianças que tiveram os pais assassinados" durante a guerra da Bósnia (1992-1995)?, perguntou.

    "Como é possível que Plavsic seja libertada enquanto eu, 14 anos depois da guerra, ainda nem encontrei os restos mortais do meu filho"?, perguntou Munira Subasic, líder de uma associação de sobreviventes do massacre de Srebrenica, perpetrado pelas forças sérvias da Bósnia em julho de 1995, denunciando "o apoio (do mundo) aos criminosos de guerra".

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